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Programa ‘Nosso Leite’ traz maior qualidade e produtividade para pequenos produtores

Pequenos produtores rurais do Assentamento Jonas Pinheiro (Poranga) estão obtendo ótimos resultados através do programa Nosso Leite – um programa de consultoria voltado às propriedades de leite de Sorriso-MT, realizado numa parceria entre o Clube Amigos da Terra – CAT, Sebrae e Prefeitura Municipal. Eles começam a garantir maior lucro, mesmo a propriedade possuindo o mesmo rebanho. Os rendimentos acabam saltando, com a adoção de um rigoroso controle da alimentação de animais, planejamento de todo processo produtivo, apoio à gestão e à melhoria da qualidade e produtividade. Com ferramentas simples como anotações de receitas e despesas, controle zootécnico, desenvolvimento de técnicas de manejo de pastagem, dieta balanceada do gado. Tudo é acompanhado de perto por um técnico agropecuário.

Produtor passa a ser eficiente da porteira para dentro

O programa é desenvolvido em uma propriedade que é escolhida como uma unidade modelo, chamada de unidade demonstrativa – UD, que funciona como se fosse uma grande sala de aula. Segundo o técnico em agropecuária, Carlos Nogueira, “O primeiro passo é realizar uma reunião de apresentação do trabalho. Aqueles produtores que se interessam pelo programa recebem uma visita inicial, onde é feita a escolha da unidade demonstrativa (UD) e ali começa todo trabalho”.

Mas o que essa UD precisa ter? É a propriedade onde se enxerga maior dificuldade, onde o produtor tem uma produção pequena, vive única e exclusivamente do leite, não tem outra renda, “A gente procura pegar a propriedade com mais dificuldade, para poder treinar o técnico local. O coordenador, junto com o técnico local vão atender essas propriedades mensalmente e tudo o que o técnico aprende na unidade demonstrativa ele aplica nas demais propriedades”.

O programa Nosso Leite trata-se de um programa de extensão, que difere de uma assistência técnica. Enquanto na assistência técnica, se trabalha um problema pontual, no programa de extensão rural a propriedade é observada como um todo e todos os problemas são focados para serem combatidos ao mesmo tempo.

Fórmula eficiente e mudanças necessárias

Carlos Nogueira ressalta que os produtores recebem vários tipos de informações, desde fertilidade e manejo do solo, manejo de pastagens, nutrição de animais. “A gente foca muito na parte de gestão, procura mudar a mentalidade do produtor para que ele enxergue a propriedade como uma empresa, porque a maioria dos produtores não olham a propriedade dessa maneira. A gente cobra as anotações básicas da propriedade, anotações climáticas, técnicas e econômicas e através dessas anotações, o técnico consegue tomar as decisões com relação à propriedade”.

Atualmente 6 propriedades do Assentamento Jonas Pinheiros participam do programa. E o técnico já começa a ver bons resultados, tanto de aumento da produção, quanto na parte financeira. “Dessas seis propriedades participantes, algumas são mais antigas, com três anos de trabalho, outras mais recentes. Nas mais antigas, a gente consegue ver tanto a mudança visual, quanto a mudança financeira, onde o produtor consegue, através do aumento de produção, ter mais renda, diminuindo os custos”.

Maior aceitação do produto no mercado

Com o aumento da produtividade e da qualidade de leite, o produtor conquista uma maior abertura e aceitação de seu produto no mercado consumidor. “Hoje na compra de leite não só em Mato Grosso, o preço pago para o produtor varia muito em questão de volume e qualidade, então quando o produtor tem um aumento na qualidade e tem um volume significativo, ele consegue receber um melhor preço comparado a outros produtores”.

Obrigações do produtor:

  • O produtor deve realizar exames de brucelose e tuberculose no rebanho;
  • O produtor deve sempre executar o que é combinado com o técnico;
  • O produtor deve receber visitas de outros produtores interessados em  conhecer a propriedade e o programa;
  • O produtor deve fazer as anotações básicas da propriedade de leite (climáticas, econômicas e zootécnicas).

Direitos do produtor:

  • Poder receber uma visita mensal do técnico;
  • Deixar o programa quando decidir.

Soluções simples, mas que nem sempre são colocadas em prática

O produtor deve seguir à risca as orientações do técnico. O produtor que esteja participando do programa, mas que não segue as orientações dadas pelo técnico pode inclusive perder o direito de ter esse acompanhamento. “Isso é uma coisa que acontece em todos os municípios que participam do projeto, no início, quando começa o trabalho a gente tem um grande número de propriedades que aderem ao programa, porém como tem algumas obrigações e deveres, a partir do momento em que o produtor não cumpre com essas obrigações ou deveres,  o técnico deixa de atender essa propriedade, porque não vai ter o resultado esperado a partir do momento que o produtor não cumpre com esses combinados”.

O tempo médio para a propriedade comece a visualizar efeitos positivos varia, mas a partir de seis meses já se começam a surgir os primeiros resultados. “quando a gente fala de resultados visuais e de produtividade, leva numa média de 6 a 8 meses. O resultado financeiro já leva um pouco mais de tempo porque algumas propriedades tem uma situação bem crítica”. A gente geralmente costuma ver esse resultado financeiro a partir de 2 anos de trabalho.

Como participar?

O projeto “Nosso Leite” é desenvolvido pelo Clube Amigos da Terra – CAT Sorriso, em parceria com a Prefeitura Municipal, com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-MT). E conta com o apoio da WWF Brasil.

Produtores interessados em participar do programa Nosso Leite, que é oferecido ao produtor gratuitamente, devem procurar o CAT, Sorriso, em sala anexa ao Sindicato Rural, o Sebrae ou a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Sorriso, para realizar a inscrição e receber a visita do técnico.

Informações também podem ser obtidas no telefone (66) 3544-3379.

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