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No Dia Nacional da Conservação do Solo CAT Sorriso lembra importância das boas práticas agrícolas

A escolha da data é uma homenagem ao conservacionista norte-americano Hugh Hammond Bennett (1881 – 1960), considerado o “pai da conservação do solo”.

 

O Dia Nacional da Conservação do Solo é comemorado anualmente em 15 de abril. A data foi oficializada pelo decreto de lei nº 7.876, de 13 de novembro de 1989, uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o objetivo de estimular um pensamento crítico na população sobre a importância da conscientização sobre a correta utilização do solo, como um recurso natural sustentável, fundamental para os ecossistemas e dos ciclos naturais.

Mas o que é o solo?

 

O solo é um recurso vital para o ecossistema terrestre, pois serve de base para todos os sistemas de produção importantes para a manutenção da vida humana, como a produção de alimentos, tanto vegetais, quanto animais, medicamentos, madeira, fibra, entre outros. O solo também é importante por ser fonte de nutrientes, fonte de matérias primas, base de construções, habitat de muitos seres vivos, regulador de ciclo hídrico e infiltração da água. A conservação do solo é essencial para garantir a produtividade agrícola e a sustentabilidade ambiental.

Diante disso, é crucial a implementação de políticas públicas e desenvolvimento de medidas que visem conservar esse recurso e planejar o seu uso consciente e sustentável. O CAT Sorriso, por meio do Projeto Cultivando Vida Sustentável, desenvolve diversas ações que incentivam as boas práticas agrícolas, em busca da sustentabilidade com base na produção responsável, levando-se em conta os cuidados com o meio ambiente e atendendo os pilares de Conservar, Produzir e Incluir (PCI).

Produtores associados do CAT se preocupam em preservar o solo

 

 

Produtores rurais que fazem parte do Grupo “Gente que Produz e Preserva”, que aderiram ao processo de certificação de soja e milho, de maneira socialmente justa, economicamente viável e ambientalmente correta, seguindo indicadores, buscam o fortalecimento do agronegócio por meio da produção de alimentos, aliada a conservação do solo, das fontes de agua, da fauna e das florestas, aumentando a eficiência da gestão das suas propriedades, conquistando maior competitividade no mercado, ao mesmo tempo em que preservam o meio ambiente.

Um exemplo desse cuidado que o produtor tem com o solo é o da produtora rural, Janete Missio, proprietária da Fazenda São Felipe, associada do CAT que produz soja, milho e feijão e é certificada pela RTRS desde 2016.  Janete ressalta a importância dos agricultores produzirem alimentos de maneira sustentável e adotando práticas de conservação do solo. “Precisamos sempre adotar as práticas de conservação do solo para que possamos desenvolver uma atividade economicamente viável e ambientalmente sustentável. Para isso devemos adotar práticas adequadas a cada situação, a cada ambiente envolvido no processo de produção. Na nossa propriedade são adotadas várias práticas para conservação do solo, como o uso de cobertura vegetal ou manutenção da palhada como camada protetora do solo, para preservação da vida de microrganismos que não enxergamos, mas que estão presentes no solo; o uso de terraços de contenção da água, evitando a erosão; preservação da mata ciliar, entre outras boas práticas agrícolas”.

Ela também cita os cuidados em relação à destinação correta do lixo. “Temos a preocupação em fazer o descarte correto de todo o lixo produzido na propriedade, inclusive o lixo doméstico, que ao ser conduzido para a reciclagem ou para o aterro sanitário, favorece a saúde do solo e do meio ambiente como um todo”.

O CAT também realiza por meio do Projeto “Águas do Lira”, que promove a restauração de áreas que sofreram impactos e estão com suas características ambientais comprometidas e a recuperação de nascentes da Bacia Hidrográfica do Rio Tenente Lira, um rio genuinamente sorrisense por nascer e desembocar dentro do território do município de Sorriso. O projeto já está com sua quarta nascente sendo revitalizada, com o plantio de mudas de árvores de espécies nativas.

Agricultura Regenerativa traz equilíbrio ao solo

 

 

Para o pesquisador, consultor sênior do IAPAR, que trabalha desde 1977 com planos de cobertura de solos, Ademir Calegari, que esteve recentemente palestrando em Sorriso, a utilização da prática da Agricultura Regenerativa pode trazer maior equilíbrio para o solo e aumentar o potencial produtivo das plantas, proporcionando maior rentabilidade no campo, com sustentabilidade. Ele diz de que maneira é possível incrementar a biodiversidade do solo. “Fazendo um mix com várias espécies de plantas de cobertura, que são as plantas de serviço ou as chamadas multiespécies. O mix de cobertura é a mistura de espécies gramíneas, crucíferas e leguminosas, com cinco, oito, dez plantas como braquiária, crotalária, aveia, centeio, nabo forrageiro, guandu, milheto, trigo mourisco, várias espécies juntas, de acordo com o diagnóstico de cada área”.

Para Calegari é fundamental conhecer as reais condições do solo, é necessário que se faça um bom diagnóstico da área, para evitar custos desnecessários e garantir a efetiva rentabilidade e produção nas lavouras. Calegari diz que junto com o mix de plantas de cobertura podem ser utilizados os ativos biológicos que auxiliam na renovação do solo  “O uso de ativos biológicos, como fungos e bactérias, vem crescendo no campo como uma forma de fertilizar o solo e combater as pragas e doenças que atacam as lavouras. Esses produtos são capazes de devolver para a terra os microorganismos que foram se perdendo, ao longo dos anos, com o uso intensivo de adubos químicos e agrotóxicos”.

 

Utilização adequada do solo

 

 

O pesquisador e engenheiro agrônomo, Alfeo Trecenti, que é diretor Técnico do CAT Sorriso considera essa data importante para se promover uma reflexão e um debate tanto entre a comunidade cientifica, quanto para a população em geral, sobre a utilização adequada do solo. “O solo é a base para a sustentação da vida na Terra, ele é a base de todo processo, para o cultivo das plantas, para a construção, o solo regula o fornecimento de nutrientes e de água para as plantas, controla a temperatura do ambiente, ele filtra a água para nosso abastecimento, são muitas as funções do solo”.

O engenheiro agrônomo ressalta que é necessário observar o solo de forma química, física e biológica, destacando a importância de se desenvolver técnicas de conservação do solo.  “Olhando a parte química precisamos fazer uma bela correção do solo, usando insumos, seja calcário, adubo ou com macronutrientes. Quando olhamos a questão física, não dá pra falar em proteção de solo, se a gente não pensar em cobertura de solo. Porque quando o solo está desprotegido, quando a chuva cai, já começa a causar erosão. Então o grande segredo para ter uma boa estrutura física de solo é começar com a cobertura de solo, fazer a rotação de cultura, usar dos sistemas de produção que são o Plantio Direto, Integração-Lavoura-Pecuária, rotação de culturas, cobertura com palhada, reflorestamento, recolhimento das embalagens de defensivos agrícolas, preservação das matas ciliares e adubação verde, entre outras práticas de conservação“.

 

 

Alfeo cita de que maneira os indivíduos e as comunidades podem contribuir para a conservação do solo, com ações simples do dia-a-dia. “Nós podemos mencionar para quem vive no campo, usar as práticas de conservação, como a técnica do terraceamento; as coberturas de solo; não adubar demais, nem de menos (porque o excesso de nutrientes também pode contaminar o solo); usar as práticas de conservação, como Plantio Direto; sistemas de integração-lavoura-pecuária; recolhimento das embalagens de defensivos agrícolas; preservação das matas ciliares. Tudo isso é importante para a conservação do solo. E nas cidades, não jogar lixo em locais inadequados; não atear fogo em lixos; não promover queimadas, enfim, precisamos ter todas essas ferramentas e princípios aplicados para que todo indivíduo e a comunidade possa desfrutar de um solo com uma situação ambiental saudável. E tudo isso já está presente no trabalho que a gente já vem fazendo no CAT”.

Por fim, Trecenti deixa uma mensagem a todos sobre a importância do Dia Nacional do Solo e da conservação desse patrimônio natural, que é imprescindível para todas as gerações. “Quando a gente olha para o nosso planeta e projeta a vida aqui na Terra pra frente, temos que lembrar que em 2045, 2050 teremos de 9 a 10 bilhões de pessoas vivendo no nosso planeta, então teremos que aumentar a produção de alimentos em mais de 50%. Como faremos isso sem cuidar do principal fator que é o solo, que é a base de sustentação para a vida? Isso falando em pessoas. E os animais e os outros seres que existem no planeta? Por isso se chama Meio Ambiente e não fim ambiente e a ciência que estuda o nosso meio ambiente é a Ecologia, que estuda nossa casa. Então a importância de entender que precisamos preservar o nosso, pra ter vida saudável, produção de alimentos e ter toda uma sustentabilidade, senão não tem condições de ter vida, da vida continuar sendo gerada . Meu recado é para refletirmos sobre o que estamos fazendo hoje com o solo e o que vamos ter para as futuras gerações”.

Sobre o CAT Sorriso

O CAT Sorriso é uma associação sem fins lucrativos que reúne produtores rurais e se esforça pelo desenvolvimento tecnológico em harmonia com o meio ambiente. Com 21 anos de atuação, o Clube Amigos da Terra preza pela transparência de suas ações voltadas à preservação do meio ambiente, reconhecendo e valorizando a família do campo, construindo e consolidando trabalhos com resultados comprovados. O CAT Sorriso conta com o apoio da IDH na realização de seus projetos. Para saber mais, acesse: www.catsorriso.org.br.

Assessoria de Comunicação Cat Sorriso

Tâmara Figueiredo | (66) 99995 – 7316| [email protected]

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