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CAT e parceiros realizam visitas técnicas do projeto de Sistemas Agroflorestais

Serão instaladas unidades demonstrativas do programa de SAF em três propriedades, duas em Sorriso e uma em Nova Ubiratã.

 

Foi realizada em Sorriso a primeira visita técnica do Projeto de Sistemas Agroflorestais – SAFs desenvolvido pelo Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso), juntamente com os parceiros como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMT), Pacto Produzir, Conservar e Incluir (PCI) a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), a Secretaria Municipal de Agricultura Familiar e Segurança Alimentar de Sorriso e a Agência Líder de Desenvolvimento do Norte e Médio Norte de Mato Grosso (Agelider).

De acordo com o Código Florestal “SAFs para recuperação ambiental são sistemas produtivos que podem se basear na sucessão ecológica, análogos aos ecossistemas naturais, em que árvores exóticas ou nativas são consorciadas com culturas agrícolas, trepadeiras, forrageiras, arbustivas, de acordo com um arranjo espacial e temporal pré-estabelecido, com alta diversidade de espécies e interações entre elas”.

A visita aconteceu em três áreas onde serão instaladas futuras unidades demonstrativas do programa de SAF no Município de Sorriso e em Nova Ubiratã, com o intuito de realizar um diagnóstico dessas propriedades e identificar as espécies que irão permitir a viabilidade econômica aliada ao projeto de reflorestamento dessas áreas, promovendo assim, uma agricultura sustentável e lucrativa, reforçando nosso compromisso com a recuperação e conservação ambiental.

 

Andreia Sousa, zootecnista e representante do Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso), explicou o objetivo do projeto do SAF. “O Projeto Sistemas Agro Florestal vem para auxiliar os produtores da Agricultura Familiar, que apresentam problemas de embargo ambiental e buscar uma solução para essas famílias, para aliviar seus passivos ambientais. Juntamente com nossos parceiros, estamos querendo criar uma corrente para disseminar o assunto do Sistema de Agro Florestal, que é uma forma do produtor fazer a recuperação de área, e ao mesmo tempo ter uma atividade econômica também, porque ele não vai produzir só nativas, não vai apenas fazer reflorestamento, mas também vai poder plantar frutíferas, vai poder nos primeiros estágios colocar hortaliças, dando um retorno para o pequeno produtor, que já tem pouca quantidade de terra, para que ele tenha melhor viabilidade econômica”.

Andreia Sousa, zootecnista e representante do Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso), explicou o objetivo do projeto do SAF. “O projeto Sistemas Agroflorestais visa auxiliar os produtores da Agricultura Familiar que enfrentam problemas de embargo ambiental, oferecendo soluções para aliviar seus passivos ambientais. Em colaboração com nossos parceiros, estamos empenhados em criar uma corrente para disseminar o conceito dos Sistemas Agroflorestais, uma abordagem que não apenas promove a recuperação de áreas degradadas, mas também proporciona atividades econômicas sustentáveis para os produtores”.

Segundo Andreia, o projeto piloto será feito em três propriedades, sendo duas em Sorriso e uma em Nova Ubiratã, para isso, o CAT foi em busca de parcerias. “Buscamos apoio junto a quem tem maior ‘know-how’ e buscamos parceria com a Embrapa, com a Secretaria de Agricultura Familiar. Fizemos contato também com o Bruno Becker, da Agelider. É um projeto que está sendo planejado e será feito em etapas, a primeira a criação de pequenas unidades demonstrativas, sendo duas no Assentamento Jonas Pinheiro: (uma na propriedade do seu Osmar e no lote da Rita de Cássia) e a terceira no Assentamento Cedro Rosa, em Nova Ubiratã, na propriedade do Adroaldo. E decidimos fazer uma visita técnica nesses locais, fazer um diagnóstico dessas propriedades, tudo isso, para mostrar para outros produtores que pode dar certo e vale a pena e também mostrar para a SEMA para ver se isso pode entrar para que possa ser utilizado como reflorestamento em projeto de restauro. Na primeira visita a gente trouxe o Diego no intuito de fazer uma investigação, conhecer o território, o solo para ver qual a necessidade dessas famílias, quais espécies são de interesse deles, porque não adianta colocar algum produto que eles não vão utilizar, que não vão aproveitar ou vender, ou que não vão ter tempo de fazer manutenção”.

Andreia explicou que o projeto piloto será implementado em três propriedades, duas localizadas em Sorriso e uma em Nova Ubiratã. Para viabilizar essa iniciativa, o CAT buscou parcerias estratégicas. “O projeto piloto será realizado em três propriedades, duas em Sorriso e uma em Nova Ubiratã. O CAT buscou parcerias com a Embrapa, Empaer, a Secretaria de Agricultura Familiar, Agelider, Instituto Federal de Mato Grosso e PCI. Serão criadas pequenas unidades demonstrativas em duas propriedades no Assentamento Jonas Pinheiro e uma no Assentamento Cedro Rosa. A visita técnica inicial teve como objetivo fazer um diagnóstico das propriedades, com intuito de levantar quais nichos de produção e quais espécies seriam interessantes para compor o projeto SAF’s de cada propriedade, levando em consideração que cada família tem suas particularidades”.

 

SEMASA é parceira do projeto

O engenheiro agrônomo Bruno Maia, que representa a Secretaria Municipal de Agricultura familiar e Segurança Alimentar, explica que o projeto é voltado para as pequenas propriedades, sítios, chácaras, assentamentos, que precisam fazer a recomposição de reserva legal, todos têm que fazer, uns mais outros menos, dependendo de cada lote, dependendo do seu CAR e do plano de recuperação ambiental que cada um assume o compromisso em fazer.

“O projeto visa oferecer essa possibilidade, aos agricultores familiares principalmente de poder usar uma parte da sua área a ser recuperada, com um sistema produtivo, que no caso é o Sistema Agroflorestal. Lá ele poderá colocar árvores frutíferas, outros tipos de árvores para fornecer madeira, dentre outras culturas que possam gerar renda. Tudo dentro da Legislação Brasileira, com um plano de manejo florestal, e aquela área que ele vai usar como reserva legal, pra preservar o meio ambiente, com sustentabilidade, também vai ser uma área produtiva, uma área que vai oferecer renda para a família”, afirmou Bruno Maia.

Bruno também ressaltou a parceria com o CAT e outras instituições que fazem parte do projeto. “Nossa parceria com o CAT, com a Embrapa, Empaer, IFMT e outros parceiros, é fazer dois pilotos, um em Sorriso e outro em Nova Ubiratã e a partir daí estudar um projeto maior, dependendo do escopo, para conseguir algum tipo de fomento e incentivo. O primeiro passo é estudar a viabilidade do Sistema Agroflorestal na recomposição de reserva legal, mas é um projeto de médio a longo prazo”.  

Contribuição da Agelider

Ao lado de parceiros como a Embrapa, o CAT, Programa Produzir Conservar e Incluir (PCI), Empaer e IFMT, também participa do projeto a AGELIDER (Agência Líder de Desenvolvimento do Norte e Médio Norte de Mato Grosso), que se constitui em uma Associação Privada, sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover o desenvolvimento socioeconômico desta região, promovendo ações conjuntas reunindo 16 municípios, fortalecendo a economia regional.

“Esse projeto de implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF’s) é muito importante para a região Norte de Mato Grosso. O Código Florestal de 2012, assim como a Legislação Estadual, permitem a utilização de SAF’s como método  para recomposição de reservas legais, de forma que os SAF’s constituem uma alternativa viável para realizar-se o reflorestamento produtivo de áreas degradadas, constituindo um mecanismo eficaz para promover-se a regularização ambiental das propriedades rurais de todo o Estado de Mato Grosso”, afirmou  Bruno Becker , Diretor Secretário da AGELIDER.

 

 

 

Participação da Empaer no projeto

O Engenheiro agrônomo Fabio Carrocini, extensionista Rural da Empaer – Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural, comentou sobre a participação no projeto. “A minha participação no projeto vem com o intuito de buscar uma saída para a regularização ambiental dos pequenos produtores da agricultura familiar, que é um dos principais gargalos que mais afetam hoje o pequeno produtor, porque isso impede que os agricultores possam pleitear recursos nos bancos, via Pronaf e outras politicas públicas de crédito e isso atrapalha bastante o desenvolvimento das atividades produtivas na propriedade. Nosso objetivo e trazer uma forma de regularizar esses passivos ambientais dentro das áreas da agricultura familiar, que seja ao mesmo tempo rentável ao produtor, tornar essa área que já foi improdutiva desmatada, mas que hoje esta produtiva”.

Fabio explicou que o produtor que precisa fazer a recuperação de uma área pensando que não terá uma renda em cima dela, isso causa uma não aceitação. “A gente encontrou no SAF uma alternativa para fazer a recuperação do passivo, mas com uma atividade produtiva, para que o produtor possa minimizar o custo do reflorestamento com o SAF”.

Ele avaliou como foram as primeiras visitas nas propriedades. “As primeiras visitas que fizemos nos Assentamentos Jonas Pinheiro e Cedro Rosa, foram muito boas. Os produtores aceitaram muito bem a ideia. Em Nova Ubiratã o produtor tem uma área com plantio de cinco hectares de banana, com uma tecnologia bem interessante. Eles se mostraram bem favoráveis à ideia, gostaram desse programa que estamos trazendo de moldar o SAF conforme a necessidade e habilidade de cada produtor. Houve uma boa aceitação e acredito que terá bons resultados”.

O próximo passo será a finalização do projeto de acordo com a realidade de cada propriedade, incluir as espécies que vão compor cada SAF. “A gente já identificou algumas plantas, algumas frutíferas, a linha que cada produtor quer seguir. E com todas essas informações, vamos desenhar o projeto e incluir as espécies de cada SAF. E na próxima estação chuvosa fazer a implantação das mudas”.

 

Busca de recursos para financiamento do projeto

“A gente pretende, e esse é um serviço que o CAT vai fazer e a gente vai dar apoio, buscar recursos para ajudar custear o projeto. Porque para fazer o reflorestamento dessas áreas demanda um alto custo, então a gente precisa de parceiros para conseguir esses recursos”.

Ele ressaltou a parceria com o CAT e demais instituições parceiras do projeto “A parceria da Empaer com o CAT já vem há muito tempo. O CAT é uma entidade que sempre esteve presente em Sorriso com vários programas que deram bons resultados. É uma entidade muito importante e de grande valia para Sorriso e região. A gente pretende continuar essa parceria por muito mais tempo e que futuramente a gente consiga inserir mais projetos que visam a sustentabilidade no campo e que seja interessante para as futuras gerações. E temos que valorizar todos os parceiros desse projeto como  o IFMT, com os professores com ajuda em cursos, formações, a Agelider, importante agência de mobilização, a SEMASA de Sorriso e a Secretaria de Agricultura de Nova Ubiratã. Ou seja, é uma união de forças para que esse projeto seja bem executado”.

Numa segunda etapa, é previsto um projeto macro para um futuro próximo, para realização de cursos, seminários, intercâmbios em outras propriedades para disseminar o assunto do SAF, treinar a equipe, não só das equipes que estão à frente do projeto, mas também de consultores da SEMA.

Sobre a IDH

A Idh é uma organização global que atua para transformar os mercados. A Idh coloca as pessoas, o planeta e o progresso no centro do comércio, mobilizando o poder dos mercados para gerar empregos, rendas e um meio ambiente melhor com equidade de gênero para todos. Para atingir esse objetivo, reúne pessoas nas corporações, no setor financeiro global e nos governos com influência sobre as sobre as cadeias globais de valor para cocriar e coinvestir.

Com sede na Holanda, a Idh tem cerca de 380 funcionários em todo o mundo, operando em 20 países e 12 commodities e regiões de fornecimento, com mais de 1.000 parceiros públicos e privados. Em 13 anos de atuação, Idh gerou mais de 390 milhões de euros em investimentos do setor privado e apoio a novos modelos de negócios impactantes.

O trabalho da Idh é possível graças ao financiamento e à confiança de vários doadores públicos e privados, entre os quais os governos da Holanda e da Suíça e fundações privadas

Para obter mais informações, visite os sites www.idhsustainabletrade.com e www.idhlatam.com ou siga @IDHTrade no Twitter e LinkedIn.

Sobre o CAT Sorriso

O CAT Sorriso é uma associação sem fins lucrativos que reúne produtores rurais e se esforça pelo desenvolvimento tecnológico em harmonia com o meio ambiente. Com 21 anos de atuação, o Clube Amigos da Terra preza pela transparência de suas ações voltadas à preservação do meio ambiente, reconhecendo e valorizando a família do campo, construindo e consolidando trabalhos com resultados comprovados. O CAT Sorriso conta com o apoio da IDH na realização de seus projetos. Para saber mais, acesse: www.catsorriso.org.br.

Assessoria de Comunicação Cat Sorriso

Tâmara Figueiredo | (66) 99995 – 7316| [email protected]

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