Representantes do CIDESA – Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental Alto Teles Pires, bem como da AGELÍDER – Agência Líder de Desenvolvimento do Médio Norte e Norte de Mato Grosso estiveram em Sorriso nos dias 05 e 06 de dezembro, onde participaram da “Field Trip 2024”.
O evento foi promovido pela Associação Amigos da Terra (CAT Sorriso), por meio do Projeto Cultivando Vida Sustentável, uma iniciativa apoiada pela IDH e pela Cargill. Estiveram presentes representantes de 13 municípios: Sorriso, Sinop, Tapurah, Nova Mutum, União do Sul, São José do Rio Claro, Santa Carmem, Lucas do Rio Verde, Boa Esperança do Norte, Nova Ubiratã, Feliz Natal, Itanhangá e Ipiranga do Norte, entre eles secretários municipais, produtores de grãos e produtores da Agricultura Familiar.
Na oportunidade, os participantes conheceram propriedades rurais que são referência em produção com sustentabilidade, tanto na agricultura em larga escala, com a produção de soja e milho certificados, quanto propriedades que fazem parte da Agricultura Familiar que contam com a produção de frutas, hortaliças, verduras, leite e queijo e recebem assistência do CAT Sorriso.
Nesta expedição pelo setor do agronegócio, os visitantes puderam conhecer as inovações utilizadas pelos agricultores no campo, compartilhar experiências e se inspirar com práticas sustentáveis e tecnológicas. Além disso, puderam testemunhar os impactos positivos do projeto Cultivando Vida Sustentável, demostrando que é possível conectar a cadeia de suprimentos de soja e milho, produzidos nas médias e grandes propriedades com a agricultura familiar desenvolvida nos sítios e chácaras da região. Além disso, conheceram os diversos projetos desenvolvidos pelo Clube Amigos da Terra e seus parceiros e associados.
A primeira atividade do grupo foi uma visita à Vitrine de Reposição Florestal do CAT, implantada na Fazenda Sant’Ana, localizada a 22 quilômetros da cidade, onde mais de quatro mil mudas de espécies nativas já foram plantadas. O grupo foi recepcionado pela sócio-proprietária Márcia Becker, que mostrou os trabalhos realizados na sede da propriedade que cultiva soja e milho de maneira sustentável, compondo o Grupo de certificação Gente que Produz e Preserva.
O grupo também acompanhou uma visita de alunos, por meio do projeto “O Agro na Escola”, que faz parte das atividades de Educação Ambiental, desenvolvidas pelo Clube Amigos da Terra. Na oportunidade, os estudantes fizeram o plantio de mudas na propriedade.
Após a visita à vitrine, o grupo foi recebido na sede da Fazenda para conhecer as boas práticas de sustentabilidade desenvolvidas na propriedade. Márcia Becker Paiva e o engenheiro agrônomo Luciano Alves destacaram a importância da Certificação RTRS, abordando seus principais benefícios sociais, econômicos e ambientais, incentivando a interação e questionamentos dos participantes.
Acompanhado da técnica do CAT, engenheira florestal Bruna Estela Valério, o professor Everton José Almeida, do IFMT – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, que é parceiro do CAT em diversos projetos, entre eles o viveiro de produção de mudas, conversou com o grupo da Field Trip e proporcionou aprendizados enriquecedores aos alunos sobre reflorestamento e o respeito ao meio ambiente, que transformam realidades e promovem um futuro mais sustentável.
O grupo foi acompanhado da equipe do CAT Sorriso e do consultor e engenheiro Agrônomo Xico Graziano, com visitas a iniciativas de sucesso e conheceram histórias inspiradoras, que têm apresentado resultados positivos em termos de produtividade, impacto social, geração de empregos e preservação ambiental.
Na última visita da Field Trip, o grupo teve a oportunidade de visitar uma das fazendas do Grupo Bocchi, a Fazenda Berrante de Ouro, propriedade certificadas RTRS. Lá a comitiva pode conhecer as boas práticas agrícolas desenvolvidas na propriedade, que servem de exemplo para a produção responsável de soja.
O proprietário Moysés Bocchi, e o Edemar Della Vecchia, gerente da Fazenda, falaram sobre os processos que envolvem a certificação e destacaram práticas de inovação e tecnologia utilizadas, destacando também o compromisso e o envolvimento dos funcionários em todas as etapas da jornada, bem como sobre boas práticas em recursos humanos.
O grupo também visitou o Sítio Vila Láctea, propriedade de Rita Hachiya. Durante a visita na propriedade, eles puderam conhecer degustar os queijos Poranga, mussarela cabacinha e queijo Minas frescal, conhecer a ordenha e todo o trabalho da produtora, que preza pela saúde e bem-estar animal, tratando suas vacas Jersey com muito amor e carinho. Rita foi uma das primeiras a aderir ao selo de identificação de origem da Agricultura Familiar do CAT e se destaca na produção de queijos e outros derivados do leite.
Rita compartilhou sua história de sucesso, os prêmios conquistados, sua paixão pelos animais, pelo campo e pelas boas práticas agrícolas, além de seu crescente investimento em tecnologia. O grupo também teve a oportunidade de ver a área onde está sendo implantado o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e o projeto de SAF – Sistemas Agroflorestais, desenvolvido por meio do CAT Sorriso.
Na Estância Sgarabotto, de propriedade de Nasilene Costa dos Santos e Valmir Sgarabotto, que também aderiu ao Selo de Identificação de Origem da Agricultura Familiar, foi explanado sobre o projeto e como é feito todo o processo de destinação dos resíduos sólidos produzidos na propriedade pela zootecnista Andreia de Sousa e pelo consultor em sustentabilidade, Diogo Martins, que apresentaram os benefícios do selo e todas as conquistas realizadas através do projeto desde seu lançamento, em maio deste ano.
Saiba como foram as impressões dos participantes:
Rosa Maria Frandalozzo – secretária executiva do CIDESA falou sobre a importância de participar e levar representantes de vários municípios para conhecer os projetos realizados pelo CAT: “A importância que o CAT Sorriso tem para os municípios da região do CIDESA é bastante grande porque eles podem fazer uma qualificação, observando aquilo que está acontecendo nas fazendas e propriedades da agricultura familiar, isso vai fazer a diferença. A gente precisa divulgar isso, porque as fazendas certificadas e propriedades tem feito a sua parte, a gente ve as melhorias. o que a gente viu foi o depoimento dos propriedades falando sobre as mudanças depois da certificação. Nós convidamos todos os municípios pertencentes ao CIDESA, os secretários que convidaram os pequenos e grandes produtores. Aqueles que ainda não tem a certificação viram a diferença que é uma propriedade pequena ou grande estar certificada”.
Marcia Coelho, secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Nova Mutum falou sobre suas impressões durante a Field Trip: “O evento foi espetacular, gostei muito de ser convidada a participar. Vimos coisas fantásticas que a agricultura familiar tem desenvolvido. Fiquei muito contente de ter esta experiência e vamos levar todo esse conhecimento e o trabalho de certificação do CAT tanto da Agricultura na produção de grãos, como a certificação do Selo de Origem da Agricultura Familiar para o município de Nova Mutum para desenvolver um trabalho semelhante. Nós temos que mostrar que os agricultores estão preocupados com o meio ambiente e buscando essas certificações que tornem essa preocupação com o meio ambiente mais visível para todos”.
Ocenilto da Silva de Almeida, que é produtor rural de Lucas do Rio Verde comentou sobre o que aprendeu: “Cada vez mais a gente vai aprendendo com essa troca de experiências. O que a gente sabe a gente passa um pouco e aprende um pouco também, levando para outras pessoas também para que conheçam o trabalho desenvolvido aqui. A primeira vez que venho aqui e conheci produtor de leite, produtor de soja e também na área que eu trabalho que é a horticultura”.
Reinaldo Alves, secretário da Agricultura Familiar de Tapurah, também comentou sobre a experiência: “ muito bacana, a gente trouxe nossos produtores para estar se integrando, vendo algumas técnicas aplicadas na produção aqui no município de Sorriso, desenvolvidas em parceria com o pessoal do CAT e foi muito proveitoso para os nossos produtores e para nós também”.
A produtora Ana Maria Mascarellos, de Tapurah “Eu e meu marido viemos de Tapurah e a gente tem um hortifruti lá. A gente trabalha na cidade e vende a produção em cidades vizinhas. Eu adorei a ideia e quero implantar na nossa propriedade e no nosso negócio ”.
Gracieli Batista, médica veterinária na Secretaria Municipal de Agricultura de Sinop também destacou o impacto e a importância de iniciativas como esta no desenvolvimento sustentável da região. “Excelente, muito bacana esse evento. Sou médica veterinária de
Sinop, vim juntamente com nossa agrônoma, Ivone Beatriz e pra gente como técnicos e para os produtores é muito importante, porque é uma oportunidade que a gente tem de ver que no nosso entorno e no nosso estado tanto trabalho bacana que os produtores vem desenvolvendo e ver as tecnologias que estão sendo aplicadas, principalmente com o apoio do CAT e a gente pode também levar para o nosso munícipio essas tecnologias que tem dado tão certo”.
O consultor e engenheiro agrônomo Xico Graziano, que também acompanhou o grupo na Field Trip: “Passamos um dia muito bacana conhecendo diversas realidades e tiramos daqui várias lições, como a importância da união e da cooperação, investir em gestão financeira, administrativa, gestão de resíduos, a importância da mulher no agronegócio familiar, dedicação, além da humildade. Mas o primeiro aprendizado é que ser sustentável dá dinheiro. Sustentabilidade não é apenas uma ideia ou uma teoria, quanto mais nós técnicos darmos as ferramentas para que os agricultores consigam produzir e preservar ao mesmo tempo, é preciso oferecer a eles o tripé econômico. Isso está acontecendo, quem certifica a soja está melhor do que quem não certifica. Isso significa sucesso. E para os pequenos agricultores nós também vemos esse ganho com o Selo. É fundamental juntar a economia com a ecologia. Isso a RTRS e outros projetos estão conseguindo fazer. Isso significa sucesso”.
Sobre a IDH
A Idh é uma organização global que atua para transformar os mercados. A Idh coloca as pessoas, o planeta e o progresso no centro do comércio, mobilizando o poder dos mercados para gerar empregos, rendas e um meio ambiente melhor com equidade de gênero para todos. Para atingir esse objetivo, reúne pessoas nas corporações, no setor financeiro global e nos governos com influência sobre as sobre as cadeias globais de valor para cocriar e coinvestir.
Com sede na Holanda, a Idh tem cerca de 380 funcionários em todo o mundo, operando em 20 países e 12 commodities e regiões de fornecimento, com mais de 1.000 parceiros públicos e privados. Em 13 anos de atuação, Idh gerou mais de 390 milhões de euros em investimentos do setor privado e apoio a novos modelos de negócios impactantes.
O trabalho da Idh é possível graças ao financiamento e à confiança de vários doadores públicos e privados, entre os quais os governos da Holanda e da Suíça e fundações privadas. Para obter mais informações, visite os sites www.idhsustainabletrade.com e www.idhlatam.com ou siga @idh.br no Twitter e Linkedin.
Sobre a Cargill
Cargill oferece serviços e produtos alimentícios, agrícolas, financeiros e industriais ao mundo.
Juntamente com produtores rurais, clientes, governos e comunidades, ajuda as pessoas a prosperar com a aplicação de nossas ideias há mais de 155 anos. Tem 155.000 funcionários em 70 países, que estão comprometidos a fornecer alimentos ao mundo de uma forma responsável, reduzindo o impacto ambiental e melhorando as comunidades onde atua.
Sobre o CAT Sorriso
As atividades do CAT são desenvolvidas através do Projeto Cultivando Vida Sustentável, desenvolvido em parceria com a Cargill e a Idh. As ações ajudam a cumprir metas previstas no Pacto PCI – Produzir, Conservar e Incluir – um acordo multiatores em torno de uma visão voltada ao desenvolvimento sustentável do território. O objetivo do projeto é alavancar a produção de soja sustentável, promover a restauração de áreas degradadas e oferecer assistência técnica para agricultores familiares na região de Sorriso, em Mato Grosso.
O CAT Sorriso é uma associação sem fins lucrativos que reúne produtores rurais e se esforça pelo desenvolvimento tecnológico em harmonia com o meio ambiente. Com 22 anos de atuação, o Clube Amigos da Terra preza pela transparência de suas ações voltadas à preservação do meio ambiente, reconhecendo e valorizando a família do campo, construindo e consolidando trabalhos com resultados comprovados. O CAT Sorriso conta com o apoio da Cargill e da Idh na realização de seus projetos. Para saber mais, acesse: www.catsorriso.org.br.
Assessoria de Comunicação Cat Sorriso
Tâmara Figueiredo | (66) 99995 – 7316| [email protected]
