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Ministério Público realiza visita ao viveiro “Cultivando Vida Sustentável” no IFMT de Sorriso

A promotora Carina Sfredo Dalmolin destacou o apoio do MPE ao projeto “Águas do Lira”,  que contempla a revitalização de nascentes e traz benefícios não só ao meio ambiente, mas para toda sociedade.

O projeto “Águas do Lira“, de iniciativa do Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso), em parceria com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), conta com o apoio do Ministério Público, por meio de aporte financeiro. O projeto visa promover a revitalização das nascentes do Rio Lira, por meio da recuperação das matas ciliares e a promoção da educação ambiental.

O Projeto “Águas do Lira – Seja Amigo das Nascentes” está sendo desenvolvido com o apoio de instituições e empresas parceiras. Com 58,33 km de extensão, o Rio Lira possui ao todo 109 nascentes que contribuem para a sua existência e 60 delas precisam ser restauradas.

Atualmente, quatro nascentes estão em processo de revitalização pela equipe do CAT Sorriso, em parceria com produtores, instituições e empresas parceiras. São elas: a nascente de número 43, conhecida como ‘Barriga Verde’; a de número 58, conhecida como ‘Olho D’água’; a de número 53, chamada de ‘Bela’ e a quarta, chamada ‘Ipês’ é a de número 50, localizada na área urbana de Sorriso, no bairro Jardim dos Ipês. A partir de agora, com a ajuda do Ministério Público, outras quatro nascentes deverão ter início o processo de revitalização.

Com a finalidade de produzir as mudas de espécies nativas que serão plantadas nas áreas de restauro das nascentes, foi reinaugurado recentemente no IFMT o viveiro “Cultivando Vida Sustentável”, que recebeu pela primeira vez, a visita da promotora Carina Sfredo Dalmolin, que conheceu as instalações e acompanhou o andamento do projeto. Ela observou como está a produção das mudas e conheceu de perto todo trabalho desempenhado pela equipe de professores e alunos da instituição de ensino.

 

A promotora Carina Sfredo Dalmolin, que é titular da 1ª Promotoria Civil da Comarca de Sorriso visita o viveiro Cultivando Vida Sustentável, no IFMT.

 

A promotora, que é titular da 1ª Promotoria Civil da Comarca de Sorriso, destacou o apoio dado pelo Ministério Público, destacando a importância do projeto “Águas do Lira”, não só para o meio ambiente, mas para toda sociedade. “Eu tive a oportunidade de conhecer o projeto no ano passado e desde o início já fiquei encantada pelo projeto, que visa a recuperação das nascentes do Rio Lira, um rio que é de suma importância aqui para o nosso município. Hoje, ao visitar o viveiro do IFMT fiquei ainda mais impressionada com o projeto, porque além de proporcionar o resultado final, que será a recuperação das nascentes, durante todo processo, está proporcionando também a educação ambiental, envolvendo os alunos do IFMT”.

A promotora afirmou que uma parte dos recursos já foi destinada e frisou que o Ministério Público pretende continuar apoiando o projeto. “De acordo com o nosso cadastro no Banco de Projetos e Entidades (BAPRE), em termos de acordos firmados, já foi destinado o montante de aproximadamente 280 mil reais para esse projeto. Mas o projeto foi cadastrado inicialmente com o valor que atinge quase três milhões e a gente objetiva continuar destinando os recursos e espera conseguir concluir toda a destinação do projeto para que ele seja finalizado”.

Ela explicou que os recursos são provenientes de acordos firmados pela promotoria com pessoas, físicas ou empresas, que de alguma forma praticaram ou causaram algum dano ambiental. Então essas pessoas fazem o ressarcimento desse dano e os recursos são voltados para ações e projetos que vão contribuir para a melhoria do meio ambiente. “A ideia realmente é devolver isso para o meio ambiente de alguma maneira, seja através de projetos ambientais ou da educação ambiental. Esse projeto está de parabéns e pode continuar contando com apoio do Ministério Público. Por conta dessa atuação, que é multifacetada envolvendo tanto na questão social, ambiental quanto na própria recuperação das nascentes ao final”.

 

Na imagem, o professor do IFMT Everton Almeida, a promotora Carina Sfredo Dalmolin, professor Adilson Brandão e a coordenadora do CAT, Cristina Delicato.

 

A coordenadora do CAT, Cristina Delicato disse que o projeto “Águas do Lira” ganhou um impulso significativo com o aporte financeiro do Ministério Público, que tem sido um grande parceiro auxiliando na produção de mudas para a recuperação as nascentes.  “O projeto ‘Águas do Lira’ teve uma implementação muito importante com a chegada do Ministério Público apoiando o projeto que visa a recuperação das nascentes que precisam de revitalização.  No entanto, o aspecto mais importante foi a adequação do viveiro do IFMT, que não apenas vai produzir as mudas necessárias, mas também servirá como palco de educação ambiental. Aqui tanto os estudantes do IFMT, como produtores rurais e demais interessados, poderão conhecer como é o processo de produção das mudas. Então o projeto vai além da recuperação das nascentes, estamos envolvendo toda uma comunidade, levando aprendizado às crianças, levando  aprendizado aos produtores rurais, oportunizando que essa prática de plantio, a prática de produção de mudas, seja amplamente disseminada para toda a população”.

 

 

O IFMT – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia é um grande parceiro do projeto, tanto na produção de mudas, quanto no plantio e acompanhamento da recuperação das matas ciliares das nascentes. O professor do IFMT, Everton, Almeida comentou sobre a importância dessa visita do Ministério Público para conhecer o viveiro e ver o trabalho de perto. “Estamos muito satisfeitos com o apoio do Ministério Público e, especialmente com a visita da promotora ao viveiro, pra conhecer o nosso trabalho que está se iniciando. É extremamente importante, porque esse projeto só foi possível com essa ajuda do Ministério Público, que destinou recursos para essa ação de caráter ambiental. Então essa visita serve para que o Ministério Público possa ver nossa rotina de trabalho e ter a confirmação de que os recursos estão sendo bem utilizados”.

 

 

O professor Everton Almeida falou que no local além da produção de mudas para atender o projeto de recuperação das nascentes, o espaço também funciona como uma sala de aula. “Na oportunidade a gente usa esse espaço aqui, para além da produção de mudas, a gente trabalha o ensino, a pesquisa, a extensão. E a gente vai trabalhar aqui os cursos de formação”.

 

 

A rotina dos professores e alunos no viveiro, além da produção das mudas em tubetes, adubação e irrigação, é também fazer o acompanhamento das mudas para ver se ocorre algum problema, como monitoramento de pragas e doenças, fazendo o raleamento, retirando aquela que está em excesso para dar mais espaço para que se desenvolvam corretamente. Entre as espécies produzidas estão: Copaíba, Gonçaleiro, Jatobá, Mogno, Paricá e Xixá.

É possível observar que algumas mudas já começam a crescer, mas o professor Everton explicou que cada espécie tem seu estágio de desenvolvimento, dependendo da espécie e das características da planta, cada uma tem seu tempo de produção.  “Nós iniciamos o processo de produção no mês de junho. Então agora a gente está caminhando para dois meses de produção. Como estamos trabalhando com um mix de 25 espécies que estão sendo produzidas, então existem aquelas que são mais rápidas pelas características, da espécie mesmo, que já estão germinando. Outras já estão maiores, já estão se desenvolvendo. E tem outras, por exemplo, o aritcum da mata, que demora de 60 a 120 dias para germinar, ele ainda nem germinou. Algumas por serem, principalmente pioneiras, elas crescem muito rápido, germina mais rápido. Então algumas mudas já estão maiores, enquanto outras ainda nem germinaram”.

 

A expectativa é produzir cerca de 20 mil mudas anualmente no viveiro. E a partir de novembro as mudas já estarão prontas para o plantio nas áreas de restauro das nascentes. “A maioria das espécies que estão aqui, tem um tempo médio de produção de 4 a 5 meses. Algumas espécies estarão prontas com 7 a 8 meses. Então a nossa intenção é que, com exceção da Copaíba, que é um pouco mais demorada, por volta de outubro ou novembro essas mudas já estejam prontas pra o plantio. A partir daí teremos uma janela entre novembro e fevereiro do ano seguinte para plantar, aproveitando o período de chuvas”.

 

 

Cristina Delicato finalizou destacando a união entre as instituições visando a sustentabilidade. “Nós do CAT, o Ministério Público e o Instituto Federal do Mato Grosso estamos unidos nesta iniciativa para a promoção da produção sustentável. Esse é o principal objetivo: queremos mostrar que é possível produzir de maneira sustentável e que é possível manter nossas nascentes íntegras, porque todos nós precisamos de água para viver”.

 

 

 

Sobre o CAT Sorriso

As atividades do CAT são desenvolvidas através do Projeto Cultivando Vida Sustentável, desenvolvido em parceria com a Cargill e a Idh. As ações ajudam a cumprir metas previstas no Pacto PCI – Produzir, Conservar e Incluir – um acordo multiatores em torno de uma visão voltada ao desenvolvimento sustentável do território. O objetivo do projeto é alavancar a produção de soja sustentável, promover a restauração de áreas degradadas e oferecer assistência técnica para agricultores familiares na região de Sorriso, em Mato Grosso.

O CAT Sorriso é uma associação sem fins lucrativos que reúne produtores rurais e se esforça pelo desenvolvimento tecnológico em harmonia com o meio ambiente. Com 22 anos de atuação, o Clube Amigos da Terra preza pela transparência de suas ações voltadas à preservação do meio ambiente, reconhecendo e valorizando a família do campo, construindo e consolidando trabalhos com resultados comprovados. O CAT Sorriso conta com o apoio da Cargill e da Idh na realização de seus projetos. Para saber mais, acesse: www.catsorriso.org.br.

Assessoria de Comunicação Cat Sorriso

Tâmara Figueiredo | (66) 99995 – 7316| [email protected]

 

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