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A força desenvolvimentista do agro moderno e tecnológico

De acordo com o articulista Xico Graziano, análise de dados oficiais comprova que a expansão do agro moderno e tecnológico promove a melhoria da qualidade de vida da população

Tem sido pouco estudada a influência da moderna produção agropecuária sobre o desenvolvimento brasileiro. Pesquisas precisam responder à seguinte questão: a riqueza produzida no campo está sendo distribuída na sociedade?

Existem 3 amplas bases de dados que fornecem bons elementos para tal avaliação: 1) o Censo Agropecuário do IBGE; 2) as informações da pesquisa municipal do IBGE, atualizadas anualmente; 3) o IDH (Índice do Desenvolvimento Humano) municipal, organizado pelas Nações Unidas.

Usando estatísticas dessas fontes oficiais, realizei uma breve análise sobre o impacto socioeconômico de alguns dos principais municípios agrícolas do país, com foco em 2 situações:

  • 13 municípios situados nas recentes (depois de 2000) frentes de expansão do agro tecnológico no Matopiba, envolvendo o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e o sudoeste do Piauí;
  • 15 municípios pertencentes aos 3 Estados do Centro-Oeste, onde o agro tecnológico se destaca há mais tempo (desde 1980).

Confrontei 4 variáveis:

  1. as mudanças no IDH referentes ao período de 1991 a 2010 (o último disponível);
  2. o valor do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) relativo ao ensino fundamental, nas classes iniciais e finais (2021);
  3. a mortalidade infantil (2020);
  4. e o PIB per capita dos municípios (2020).

Finalmente, analisei a variação na área e no número de estabelecimentos rurais ocorrida de 2006 a 2017, datas dos últimos Censos Agropecuários, para os municípios selecionados do Matopiba, bem como os impactos na população ocupada na atividade rural. O município de Correntina foi excluído por nele ter havido desmembramento territorial no período.

A organização e a análise dos dados foram apresentadas na 2ª feira (4.dez.2023), na última reunião do Cosag (Conselho Superior do Agronegócio), ligado à Fiesp. Eis a íntegra do estudo (PDF – 989 kB).

As evidências indicam 6 principais tendências verificadas nos municípios agrícolas do país: Nos municípios de recente expansão do agro tecnológico, envolvendo Maranhão, Piauí e Bahia, o crescimento do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) ocorreu de forma mais pronunciada que o verificado na média do Estado ou em municípios não agrícolas tomados como referência; Nos municípios agrícolas já consolidados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, o IDH (2010) é superior à média estadual; Melhorias no sistema do ensino fundamental dos municípios agrícolas situaram seu Ideb (2021) acima da do Estado ou em municípios não agrícolas tomados como referência; Nos municípios agrícolas já consolidados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, o IDH (2010) é superior à média estadual; Melhorias no sistema do ensino fundamental dos municípios agrícolas situaram seu Ideb (2021) acima da média estadual; Aperfeiçoamento no sistema de saúde básica causaram redução da mortalidade infantil nos municípios agrícolas, situando-os abaixo da média estadual; Em todas as situações, o PIB per capita dos municípios agrícolas se coloca em patamares muito acima das capitais dos Estados e de municípios.

Confira o artigo completo clicando no link.

 

 

 

 

 

 

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